A NECESSIDADE DE UM NOVO PARADIGMA CIVILIZATÓRIO É DEFENDIDA NA ONU
José Mujica, presidente do Uruguai, em memorável discurso realizado dia 24/09/2013 na Assembleia Geral da ONU, em termos próprios, defendeu a tese também esposada pela equipe das Segundas Filosóficas, de que urge e se impõe a necessidade de um novo paradigma civilizatório se quisermos superar a crise global que vivemos e encaminhar à humanidade para um futuro mais promissor. O discurso de Mujica, que empolgou as Nações Unidas, coincide, em seus aspectos essenciais, com as ideias que temos defendido neste site e também nos empolga por evidenciar que essas ideias têm surgido em outras paragens e agora foram formalmente apresentadas no fórum próprio das Nações Unidas. Entre as coincidências destacamos:
- A percepção de que estamos vivendo uma época potencialmente revolucionária da história da humanidade;
- A caracterização da civilização ocidental como civilização do desperdício;
- A percepção do egoísmo e da individualidade orientando as atitudes humanas;
- A percepção de que esse modelo é incapaz de superar as chagas da humanidade;
- A percepção de que se impões um pensamento próprio da espécie humana, situado para além das individualidades e dos sectarismos;
- A percepção de que a gestão dos estados precisa ser amparada nas ciências e não em interesses sectários;
- A percepção de que uma ciência liberta dos interesses econômicos pode produzir as soluções que a humanidade necessita para uma vida digna para todos;
- A percepção de que para viabilizar acordos planetários globais impõe-se um pensar também global;
- A percepção de que não sabemos ainda pensar a totalidade.
As coincidências se estendem além dessas. O Presidente Mojica não conhecia as teses das Segundas Filosóficas, como se comprova na segunda das suas seguintes frases: “Não podemos manejar a globalização porque nosso pensamento não é global. Não sabemos se é uma limitação cultural ou se estamos chegando aos nossos limites biológicos.” Caso ele conhecesse, saberia ser perfeitamente possível pensar metodicamente o todo, e que não se trata de limites biológicos da espécie, mas de limitações meramente culturais e podem ser perfeitamente superadas.
Ver o discurso original em espanhol Rubi Rodrigues
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