ADULTO

Quando o ser humano torna-se, mentalmente, adulto? Parece uma pergunta simples e inocente, mas não é. Penso que as perguntas apenas se oferecem quando podemos dar resposta a elas. Por isso, aceitamos o desafio. A primeira surpresa foi constatar que caracterizar criança, jovem e idoso resulta ser mais fácil, apesar de serem supostamente adultos os responsáveis por dirigir o mundo. Quando percebemos proliferar, na gestão do Estado, comportamentos típicos da juventude e, por vezes, até infantis, vimos que, para caracterizar devidamente o adulto, a análise deveria contemplar, além do senso de responsabilidade, também visão de mundo aderente à natureza que nos recepciona, de sorte que a correta interpretação do mundo e das coisas possibilite atitudes adequadas. Boas intenções, definitivamente, não bastam. Com isso, resultou necessário contemplar o desempenho da natureza, tomar esse entendimento como referência e, então, proceder análise do estágio cultural em que nos encontramos e lhe oferecer crítica. A conclusão revelou-se surpreendente: ao que parece, a própria humanidade ainda se encontra em fase juvenil de sua ontogênese e, atualmente, enfrenta a inescapável crise da sua superação. A fase adulta da humanidade parece estar logo ali, quase ao alcance das mãos, mas torná-la efetiva depende da conquista e da disseminação de conhecimentos básicos consistentes sobre as leis que regem o universo e configuram a natureza que nos envolve e nos determina orgânica e mentalmente. Com isso, este trabalho, que começa singelo em busca da caracterização do adulto, assume feição de rascunho muito preliminar sobre um trabalho maior que desafia toda a humanidade.

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