A PARTICIPAÇÃO DO UNO NO SER E A PARTICIPAÇÃO DO SER NO ENTE

A tentativa de entender a solução platônica de participação, exigida pela sua teoria das ideias, levou-nos ao diálogo Parmênides, que discute o problema sem apresentar solução. No texto, descobrimos uma camuflada remessa aos gêneros do Sofista e descobrimos que, também, ali, discute-se a participação, apenas com outro nome: mescla. Ao examinar como se dá a mescla dos gêneros, tendo em mente o sentido de participação, descobrimos que os cinco gêneros configuram uma sequência cumulativa que, examinada à luz do que Platão afirma sobre sequências, na Carta VII e na República, resulta evidente a presença velada e subjacente não de uma mera sequência cumulativa, mas, sim, de uma estrutura gerativa, que revelou ser a referência não explicitada, a qual Platão utilizou na construção do diálogo. Examinando o texto, com base nessa referência, torna-se evidente que a principal função do diálogo era exercitar os alunos na percepção e na operação das diferenças ontológicas exigidas para a devida compreensão da sua teoria das ideias. A explicitação da estrutura gerativa permite, porém, deduzir como a participação pode dar-se, restando claro que esse não foi o seu propósito

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